Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Amanda Hyppolito Gasparini Carbinatto - Psicólogo CRP 06/149634
Para os pais, conversar com criança não é tão fácil assim. Descubra 6 táticas para falar sobre qualquer assunto
A família possui um papel importante no aprendizado e no processo de desenvolvimento da personalidade da criança.
Os psicólogos aconselham que, para que este desenvolvimento aconteça, é necessário antes seguir algumas regras básicas de aprendizado.
Conversar com criança não é um problema
Primeiramente deve-se desfazer o embaraço de enfrentar determinadas situações que, às vezes, são tabus para os próprios adultos, como sexualidade, drogas, violência e relacionamentos, ansiedade e depressão.
Quando os pequenos começam a questionar tudo é uma fase divertida pelo fato de vermos o interesse natural sobre o mundo e as coisas. Porém, os interrogatórios intermináveis podem se tornar verdadeiras enrascadas para os pais.
É difícil falar encontrar pais que não passaram por situação apertadas como estas. Trabalhamos algumas questões como guia para auxiliar a lidar com difíceis. Por isto, deixamos 6 táticas sobre como e quando conversar com criança, a respeito de qualquer assunto:
1. Use histórias
Quando se referir a alguma situação em específico, não fale diretamente sobre as elas. Crie e invente histórias que se aproximem em algum sentido com a vida das crianças.
Uma estratégia interessante é expressar a intenção da conversa em terceira pessoa, mas podendo referir-se a ela.
2. Toda situação é uma oportunidade
Observar as reações em qualquer situação pode abrir uma brecha para uma fala importante. É conveniente usar as chances que podem despontar para uma abertura de conversa, como por exemplo, ao ver um filme que aborde cenas de violência ou sexo.
Os pais podem atuar como se fossem interpretar o que está acontecendo de forma a fornecer conhecimento e não apenas suscitar o lado passivo e espectador, isso colabora, inclusive, com a inteligência emocional do indivíduo. Neste momento, deve-se ter o máximo de tato ao empregar palavras e expressões certas.
Outro momento, pode ser na leitura de uma revista ou livro, alguma situação na rua etc. O importante é revelar sempre os dois sentidos, o lado bom e o lado ruim e, claro, sempre na linguagem representativa da criança.
3. Não mude de conversa
Seja claro. Omitir não é mentir, mas sempre esclareça os fatos com honestidade. Crianças não são tão ingênuas. Por isso, evite mudar de conversa sobre determinado assunto que pareceu ser interessante para elas.
Ao se desviar de conversas, com certeza, em algum momento ela irá questionar aquela situação de forma inesperada. É preferível antecipar e trabalhar os temas do que ela procurar indevidamente em outro momento.
4. Ensine a respeitar
Nos ambientes familiares e das amizades é normal que apareça piadas e chacotas naturalizadas. Muitas vezes, as piadas se transformam em bullying no futuro. Preste atenção na reação das crianças.
Cuide das palavras como ofensas e caçoadas antes de falar, sem julgar. Infelizmente, a maioria das piadas possuem um alto teor de sexualidade que seus filhos ainda não estão preparados para interpretar e compreender o conteúdo da mesma forma.
Naturalizar conceitos é gerar conflitos internos posteriormente.
5. Como dizer “não”
Nem todos os pais sabem lidar com o “não”. Ainda mais em nossa moderna sociedade em que valores tradicionais estão sendo suplantados por outros. No entanto, respeito e educação são diferentes de autoritarismo.
A criança que permanece muito tempo junto com outras mais “agitadas”, tendem a influenciar negativamente as escolhas e pressões em relação aos pais.
6. Estar disponível
Este ponto é muito importante. Os pais andam cada vez mais atarefados e deixam as questões mais importantes para serem “resolvidas” na escola, na creche, na TV ou por outros meios não confiáveis.
Crescer em um ambiente em que há familiaridade para discutir temas é muito saudável para as crianças. O adulto verá que conversar com criança se tornará mais fácil se estiverem presentes, pois não serão substituídos no momento que as crianças precisarem.
Assim, não dizer nada é a brecha para que situações inesperadas possam ocorrer, pois o caminho foi deixado aberto. Para alguns psicólogos, nunca é muito cedo para falar sobre temas tabus com crianças.
Não há necessidade de desenvolver grandes explicações maduras e científicas,. Apenas compense a pergunta com uma resposta simples e satisfatória.
Outra coisa importante: antes de conversar com criança, tenha compreensão sobre o tema na sua mente, mesmo que talvez não possua total instrução. A intenção é o valor mais importante.
Se não souber responder, não aja com nervosismo ou irritabilidade, pois são reações contraproducentes. Talvez deixe para responder em um tempo depois, explicando-lhe que irá também procurar uma resposta ideal. Assim, não tentará forçar e obrigar a aceitar a sua opinião sobre tudo, mesmo que esteja errada.
Conversar com criança pode ser realmente algo difícil de fazer, mas com certeza dará excelentes frutos para o amanhã.
Quando os psicólogos, na terapia infantil aconselham os pais a conversar com criança, é neste sentido que o processo terapêutico começa. Ninguém nasce sabendo. Preparar para a vida é uma grande tarefa e desafio e conversar com criança faz parte disso.
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Autor: psicologa Amanda Hyppolito Gasparini Carbinatto - CRP 06/149634Formação: A psicóloga Amanda Carbinatto é graduada em psicologia pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), pós-graduada em Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) pela PUCRS e Psicologia Hospitalar pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Possui ainda formação em Avaliação Psicológica...